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A proposta apresenta-se demasiado condicionada e rígida nos limites da área de intervenção, traduzindo uma implantação pouco flexível e no limite orçamental que evidencia uma necessidade de racionalização extrema. A optimização de áreas, volumes e programa, absorveu muitas das premissas iniciais que acabaram por validar-se em função de razões muito objectivas. O projecto desenvolveu-se para além deste esforço "de ir ao limite", já que a solução deveria exprimir algo mais, para que o rigor incutido à obra pudesse ser justificado e avaliado como uma mais valia e não como um fim em si mesmo, promovendo e deixando em aberto um equilíbrio entre forma e função, imagem e construção, programa e uso. A parcela permite a criação de uma construção que, com relativa simplicidade, resolve os vários problemas funcionais, reduzindo na medida do possível as áreas de circulação ou espaços de pouca utilidade prática, encerrando a habitação ao arruamento de acesso e valorizando simultaneamente o espaço a poente, para onde os espaços convergem. A imagem explora a ideia de dualidade entre espaços de uso comum e espaços de uso individual, libertando a plataforma natural para acolher os primeiros e permitindo o uso da cobertura destes para uso dos segundos. Construtivamente, a solução indicia a acentuação formal da referida dualidade, como forma de controlar a escala e proporção do(s) objecto(s), e prevê paralelamente a gestão dos recursos económicos disponíveis de uma forma que se pensa justa, racional e equilibrada, conferindo uma maior gravidade ao volume inferior, em pedra, e libertando com maior leveza o volume superior, rebocado.

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